Meu emprego é peculiar. Só vou lá duas vezes por semana – três períodos, no total.
No restante do tempo, trabalho em casa e isso permite grande autonomia e exige tremenda disciplina. Felizmente, tenho ambas e tudo corre bem.
De vez em quando, porém, assumo alguma atividade que exige minha presença física em horário comercial.
É esse o caso desta semana: saio às 7 e meia, volto lá pelas 8 da noite. Cansado, exausto, desanimado.
Com uma tremenda saudade da casa, de minha mulher, de minha filha, de minha cachorrinha, de meus peixes, de meus caracóis (sim, tenho um casal de caracóis), de meus livros e de minha poltrona.
Para essas horas, a natureza só oferece uma coisa: a palomino fino.
Que, devidamente vinificada, se transforma na incomparável manzanilla.
Posso até mudar de rota depois – hoje mudei para um borgonha básico, que acompanhava bem o jantar.
Mas até que tudo se aprume, manzanilla.
Sei que não é a primeira vez que a homenageio no blog.
É que é inevitável.
Diferentemente do whisky, a manzanilla não é um cachorro engarrafado.
É a reunião de todos os cachorros do mundo, numa só garrafa.
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