Sempre que vou à Nova York janto pelo menos uma vez no Pongsri.
Por quê? Por muitas razões.
Primeiro (mas não mais importante): a proximidade. Ele fica na mesma rua e a menos de cem metros do hotel em que me hospedo.
Segundo (e bem mais importante): a memória. Na minha primeira visita a Nova York, em 93, entrei lá por acaso e comi uma refeição maravilhosa. Ganhou pontos e, sobretudo, afeto.
Terceiro (e decisivo): a comida. Continua ótima.
Nesses dezesseis anos, muita coisa mudou. O salão está no mesmo endereço, mas ao rés do chão; não fica mais numa sobreloja meio sombria e enevoada. Não ficou chique, mas está mais arrumado e cuidado.
As garçonetes também a se vestir melhor, embora continuem olhando torto quando você chega. É fácil de explicar. O lugar é freqüentado basicamente por orientais. Quando entra um ocidental, elas devem achar que é bom se precaver…
E elas se tornam gradativamente mais simpáticas a medida que a refeição avança e notam que você come bem e parece satisfeito. No final da refeição, até sorriem.
Dessa vez começamos o jantar com rolinhos primavera. Pode parecer falta de imaginação, mas foi um pedido de minha filha – junto com o indefectível suco de cranberry.
Os rolinhos estavam um pouquinho mais engordurados do que deveriam, mas muito saborosos. Só vegetais, temperados na medida –picante ma non troppo – e com molho de laranja, mel e alho. Uma delícia.
E seguimos com patos. Ah, os patos do Pongsri… Assados, fatiados e depois fritos.
Crocantes como devem ser os patos servidos no céu – ou será que são os do inferno?
Um deles mais simples, acompanhado de brócoli. O outro, com echalotas e tamarindo. Este é o que não pode ser dispensado jamais. Este é o que dá vontade de pedir mais cinco e levar para casa. É deste o sabor que vem à boca quando vejo a placa do Pongsri. Este.
Tudo acompanhado de Singha, cerveja tailandesa delicada e saborosa.
Antes de caminhar os quase cem metros de volta para o hotel, uma honestíssima conta de 77 dólares.
Sabe de uma coisa? Quando voltar a Nova York, vou jantar de novo no Pongsri!
Pongsri
27/02/2009 às 03:13
Indo à Nova York certamente provarei a especiaria.
O meu pato preferido em São Paulo se serve em uma casa na Rua Prates. Trata-se de uma casa especializada em churrasco coreano. Cada mesa tem uma genghis kan, com exaustor (!!) e você escolhe a carne, que vem direto do açougue coreano do bairro. O pato e a barriga de porco são incríveis. E os acompanhamentos também. Tudo muito condimentado, mas vale muito a pena. Mesmo.
Abraço!
27/02/2009 às 13:01
Pois é, Julinho. Vi o post, em seu blog, sobre essa casa, mas ainda não fui lá.
Mas pode deixar que irei, sim!
Obrigado pela dica, abraços!
04/10/2009 às 09:07
Alhos!
Grande idéia de começar a listar os restaurantes ao lado. Já estou há mais de uma hora lendo vários posts que me passaram despercebidos.
Abs!
04/10/2009 às 10:15
Gourmet,
tudo bem?
Obrigado!
Respondo aos três em um, como aqueles antigos aparelhos de som.
É inevitável que o bolo fique tão doce: a clara é batida com (muito) açúcar…
E sonho com o dia em que aprendam a tirar, por aqui, aquele café que é só um gole, o necessário.
Abraços!