Preço importa, é óbvio.
Mas é preciso evitar julgamentos apressados. O Jun é caro e vale? Vale. O D.O.M. é caríssimo e vale? Vale.
A cantina da minha rua cobra 20 reais por uma massa molenga e encharcada de molho acidíssimo. Vale? Não.
E, em tempos bicudos como os atuais, o preço pesa bastante.
No domingo à noite fomos ao Hideki.
Pedimos ostras de entrada. Elas estavam carnudas, frescas, saborosas.
Em seguida, comemos sashimis interessantes – especialmente o robalo, o polvo e o toro. Frescos e saborosos, muito bem fatiados.
As vieiras recém descongeladas, porém, estavam inexpressivas.
E sushis bem preparados. De novo, o toro foi o destaque, junto com as ovas de peixe-voador.
O atendimento foi simpático e o lugar… Bem, o lugar é razoável, sem maiores delongas. A televisão, com a graça do Altíssimo, estava desligada e a baixa freqüência impedia que os ruídos atrapalhassem.
Tudo ok? Tudo ok.
Mas a conta bateu nos 350 reais (duas pessoas, sem bebida alcoólica). Vale tudo isso? Não, não vale.
Sem querer comparar (mas comparando), isso é o que pago no Aizomê, meu vizinho, que usa ingredientes tão bons ou mais e oferece mais conceito, mais elaboração e ambiente mais agradável.
Por que uma refeição sem qualquer destaque sai tão cara? Não devia.
Preço importa, é óbvio.
Rua dos Pinheiros, 70, Pinheiros, SP
tel. 11 3083 7744
Como Chegar lá (Guia 4 Cantos): Hideki