Almoço de domingo no Regina Preta.
Chama-se bistrô pelo tamanho, pelo jeito aconchegante. Nada a ver com o cardápio. O lugar é agradável, simpático, bem arrumado. Regina é gentil e atenciosa. O garçom, idem.
E a comida não provoca grandes exclamações. Mas é boa – ou quase boa.
As coxinhas sem massa – um dos hits – são quase boas. Seriam boas, não fosse o excesso de cebola, que encobre o sabor do frango.
Os suplis – croquetes de arroz com queijo, originários da Itália central – são quase bons. Seriam bons, não fosse o excesso de queijo, que lhes tira a delicadeza.
A massa com molho de limão é quase boa. Seria boa, não fosse tão forte e ácida.
O mignon de porco podia ser bom, não fosse a força exagerada do molho de laranja e o cravo excessivo, que encobrem o sabor do porco. Aliás, o porco, um pouco menos passado, seria melhor.
De seus acompanhamentos, a couve crocante é uma ótima idéia. Mas seria melhor se fosse crocante mesmo.
O trio de purês é quase bom. Só que também aqui há algum excesso, que os faz pesarem. Bom, o de mandioquinha; ligeiramente fora da textura adequada, o de abóbora; muito longe da textura correta, o de batata.
O problema é o quase. O bistrô bate na trave em quase tudo.
Inclusive no preço: 70 reais para uma pessoa, sem couvert ou sobremesa, com uma entrada, um prato e água. Podia e devia ser um pouco mais barato do que é.
É o tipo do lugar para virar o favorito do cliente. Não fosse esse quase.
Rua João Ramalho, 766, Perdizes, SP
tel. (11) 3875 2550
Como chegar lá (Guia 4 Cantos): Regina Preta