Olhar para dentro, quando é difícil olhar para fora.
A regra é geral e a aprendi indiretamente com meu pai. Virou quase mania, obsessão. Junto com o silêncio, que é mais reparador do que muitos supõem. Mais terapêutico do que soltar palavras ao vento, com a leviandade e o oportunismo de tantos.
Olhar para dentro ou olhar para perto.
Para aquelas duas ou três pessoas (vá lá, oito ou dez) que de fato importam, que fazem a vida valer a pena ser vivida. Para meus dois cachorros. Para os livros que me cercam, para os dias que se seguem.
Porque os fantasmas nunca estão nos outros, porque a certeza nunca está na gente.
Olhar para dentro, olhar para perto: formas de pensar.
Enquanto isso, como e bebo em casa, saio raramente, não submeto você, leitor, a impressões fugidias e instáveis.
Por isso o blog anda em silêncio. Mas não se animem: ele voltará.
07/03/2015 às 11:04
“Our path through life is strewn with many such sad memories and were we to brood upon them always we would not have the heart to go on with our work among the living. We have, all of us, living duties and living affections which claim, and rightly claim, our most strenuous endeavours.” James Joyce (The Dead).
07/03/2015 às 11:34
Bastante filosófico e diferente dos posts que eu costumava ler quando comecei a “te seguir” – meio assustador!!!
Mas muito entendido nos dias gastronômicos de hoje…
E, sim, me animei com a notícia do regresso.
Agora é esperar!
07/03/2015 às 11:39
Que assim seja, Sandro.
E que não descubramos na mesma noite, tal qual Gabriel, que o peso dos mortos pode se impor aos vivos.
Abraços!
07/03/2015 às 11:41
Obrigado, Patricia.
Um certo cansaço, apenas.
Abraços!
07/03/2015 às 21:07
Sempre esperando por aqui.
09/03/2015 às 08:06
Obrigado, Renata.
Hora dessas, mande notícia de sua pesquisa.
Abraços!