A curiosa
No final de um jantar no Maní, peço a Nota Paulista.
A moça demora; noto que luta contra o computador.
Finalmente, chega à mesa e conta que houve um problema no sistema e não pôde emiti-la. Emitiu a normal, sem CPF.
Mas garante: a nota da próxima conta de mesmo valor que for paga na casa será emitida com meu CPF.
Sem saber o que dizer, agradeço e saio.
A exemplar
Chego para jantar no Picchi. Na porta da casa, duas vagas.
Nem cogito usá-las. Não quero estragar o jantar com um bate-boca prévio com o manobrista sobre o direito de parar na rua.
Apenas desço do carro, abro a porta para minha filha, enquanto o manobrista abre a de minha mulher.
Agradeço e entrego a chave.
Ele me sugere: O Senhor não quer estacionar aqui mesmo?
Surpreso, aceito e completo: Preciso, então, acertar o carro.
E o manobrista arremata: Se esperar um pouco, arrumo e o senhor já pode levar a chave.
Espero 30 segundos enquanto ele estaciona corretamente meu carro, me devolve a chave e deseja um bom jantar.
Não tenho coragem de falar que, com a atitude dele (que devia ser comum, mas é rara), o jantar já começou bem.
Sem saber o que dizer, agradeço e entro.
03/05/2009 às 10:53
Meu consultor chama isso de “a hora da verdade”. A prestação do serviço começa na porta e termina na porta.
Também não brigo por causa de vagas. Prefiro, as vezes, pagar R$15 para o manobrista e não me irritar. Afinal, estou fora de casa para me divertir e relaxar.
Nota fiscal Paulista….. aí a coisa pega. Não importa se você aprova ou não e também não importa o que o governo quer com isso. Lei é lei para qualquer um e deve ser cumprida.
03/05/2009 às 12:03
Flavio,
não vale a pena desperdiçar um bom jantar por conta do estacionamento.
Incrível que poucas casas percebam que um manobrista possa estragar todo o trabalho da cozinha e do salão.
Agora, quando acontece algo como a atitude exemplar desse rapaz, o apetite aumenta.
No caso da nota no Maní, não houve (como diria um advogado) dolo. Eles emitiram a nota fiscal. Apenas não conseguiram inserir o cpf. E assisti à briga da garçonete e de mais dois ou três funcionários, com o computador. Ou seja, houve algum problema técnico mesmo.
Curiosa foi a saída encontrada para compensar.
Abraços!
03/05/2009 às 15:28
alhos, sabe que comigo aconteceu algumas vezes do cpf aparecer inválido. Não sei porque e ninguém conseguiu me explicar. Coloquei umas 20 vezes, pedi o número para o cliente (teve gente que deu a carteirinha e tudo), mas não rolava. Aí fiz a nota com cpf no bloquinho de notas manual , que tem que ter para essas situações. aí é só mandar pro contador que ele repassa o valor normalmente. Essas coisas acontecem mesmo, mas dá pra arrumar.
bjs
03/05/2009 às 17:14
Fernanda,
tudo bem?
Já recebi muitas vezes a nota manual – sua, inclusive.
Só achei gozada, nessa história, a história de usar outra conta.
Mas, repito, não houve nenhuma atitude mal-intencionada. Pelo contrário.
Beijos!
04/05/2009 às 14:05
Gostaria de saber como foi no Picchi!!
Ja que começou bem…
04/05/2009 às 18:10
Carola,
está no comentário anterior: “Na língua do P”.
Beijos!
12/05/2009 às 13:04
Dia desses fui num restaurante, e o cardápio mencionava uma redução. Entendi que a redução era parte do prato. O prato veio decorado com alguns pinguinhos. Esteticamente lindo, mas mal dava para sentir o gosto. Ora bolas… nunca vi decoração ser mencionada no cardápio. Fiquei bravo.
13/05/2009 às 06:42
Sandro,
a redução não deveria ser apenas decorativa.
Ao contrário, algo reduzido ou concentrado tenderia a agregar sabor e intensidade.
Minha sugestão é, na hora da dúvida, perguntar ao garçom. Há muitos termos utilizados em cardápio que podem não ser conhecidos pelo comensal. Uma boa brigada deve saber esclarecer.
Abraços!
28/05/2009 às 15:33
Teve sorte, estes dados de gastos vão tb para o imposto de renda!!!
28/05/2009 às 15:48
Tony,
tudo bem?
Olha, sou fã da nota paulista. Recebi, em abril, quase mil reais de volta.
E acho importante que as casas sejam forçadas a emitir nota.
Meus gastos estão dentro do que recebo (que, por sua vez, já é tributado na fonte, pois sou assalariado).
Ou seja, a receita sabe o que ganho, o que gasto, o que sobra (quando sobra). Se as informações sobre meus gastos em restaurantes forem parar lá, não há problema.
O máximo que pode acontecer é me indicarem um regime ou um hospício…
Abraços!